Olho reavido
Luci Collin
* Affiliatelinks/Werbelinks
Links auf reinlesen.de sind sogenannte Affiliate-Links. Wenn du auf so einen Affiliate-Link klickst und über diesen Link einkaufst, bekommt reinlesen.de von dem betreffenden Online-Shop oder Anbieter eine Provision. Für dich verändert sich der Preis nicht.
Belletristik / Lyrik
Beschreibung
amar sem ter é paradoxo de tempo e espaço é sismo sem magnitude amar sem ver amar sem nunca saber é o oco do solilóquio é o virtuosismo do mormaço amar sem haver, sem nem refúgio nem regaço o solipsismo do osso o insosso do avatar amar sem contemplar amar sem abraço é o aço do estoicismo é esboço de amar, ameaço amar sem abranger é a armadilha da troça bagaço de amar, sobrosso amar sem ter vossa mercê haver-se assim não se possa amar sem ser O "olho reavido" deste novo livro de poemas de Luci Collin preenche o espaço entre o dito e o não dito. Luci ousa na escolha do que enuncia e no silêncio que fala ("o justo pejo do silêncio honrado na palavra feito olho"; "luz sem sombra, silêncio bruto"). Da leitura das imagens dos poemas, concluímos que o olho não é incisivo, que pode ser de "pérola e espanto", pode ser um coração que sangra e ser ilusório o que vê. Enxerga os entardeceres e o escuro, o da "noite solitária e cega" de uma epígrafe de Agrigento. "Um olho de alcance enigmático e admissível" está também no esquecimento e na memória, "engenho e abrigo" que tornam presente a ausência. "Protege contra lembranças mutiladas", segue os caminhos da melancolia e do desejo e vê a história fugir "nalgum cavalo fátuo porque tem seu próprio alfabeto." Memória "de baú primitivo" ("sou longe e existida"): o que já foi e dolorosamente falta. João Almino
Kundenbewertungen
Poesia contemporânea, Poesia brasileira, Luci Collin